terça-feira, 11 de março de 2008

Localização,formação,língua,etnia e panorama atual

Limites:
Norte:Mar Mediterrâneo
Sul:Primeira Catarata do Rio Nilo
Leste:Deserto da Arábia
Oeste:Deserto da Líbia

Formação:
Por volta do quinto milênio antes de Cristo, com o progressivo ressecamento do Saara, bandos de caçadores e coletores de alimentos se fixaram às margens do Nilo. Iniciaram o cultivo de plantas (trigo, cevada, linho) e a domesticação de animais (bois, porcos e carneiros), favorecidos pelas inundações notavelmente regulares e ricas em húmus do rio. Os grupos humanos constituíam-se em clãs, que adotavam um animal ou uma planta como entidade protetora o Tótem. A cerca de 4 000 a. C., as aldeias de agricultores passaram a se agrupar, visando a um melhor aproveitamento das águas do rio, formando os -nomos-, primeiras aglomerações urbanas. Desenvolveu-se um trabalho coletivo de construção de reservatórios de água, canais de irrigação e secamento de pântanos. A agricultura passou a gerar excedentes, utilizados nas trocas entre os nomos. Os egípcios aproveitavam também a riqueza mineral da região, extraindo granito, basalto e pedra calcárea das montanhas que margeiam o vale. Os nomos eram independentes entre si e dirigidos pelos nomarcas que exerciam ao mesmo tempo a função de rei, juiz e chefe militar. Gradualmente, os nomos foram se reunindo em dois reinos, um no Delta, Baixo Egito, e outro no Vale, Alto Egito, que mais tarde irão constituir um só Império. Nesse período anterior à unificação, os egípcios já haviam criado a escrita hierográfica e um calendário solar, baseado no aparecimento da estrela Sírius, dividido em 12 meses de 30 dias cada, mais cinco no final do ano. Os antigos habitantes atribuíam a unificação do país, que ocorreu por volta de 3 000 a.C., a um personagem lendário, Menés, rei do Baixo Egito, que teria conquistado o Alto Egito e formado um só reino com capital em Mênfis. Segundo a crença, o responsável pela unificação era considerado sobre-humano, verdadeiro deus a reinar sobre o Alto e o Baixo Egito e o primeiro -faraó- (rei-deus egípcios). Ora, isso não pode ser comprovado arqueologicamente. A unificação decorreu da necessidade de uma direção centralizada para o melhor controle das enchentes do rio, que tanto podiam trazer a fartura das colheitas, como a destruição das aldeias e das plantações. De todo modo, a crença serviu para divinizar os governantes que se utilizaram muito bem dela para se impor à população e manter um domínio direto sobre todas as terras do Egito. Recebendo impostos e serviços dos camponeses das aldeias, que cultivavam as terras, os faraós acumularam grande soma de poder e de riqueza.

Etnia:
Falar de etnicidade é sempre tocar em um ponto complicado e, muitas vezes tabu na nossa sociedade. Essa questão se torna mais importante na medida em que grupos minoritários começam a ganhar força e a reclamar os direitos que sempre lhes foram negados. Em contra-partida, grupos antiquados, racistas e protecionistas de sua mentalidade político-religiosa atrasada tentam sustentar preconceitos insustentáveis como forma de manter negros (e membros de outras etnias) longe de cargos e acontecimentos importantes da História.
Hoje existe na África um grupo cada vez maior de intelectuais negros que, como forma de compensar as humilhações sofridas ao longo de séculos pelos indivíduos oriundos do continente Africano, criaram uma corrente de pensamento conhecida como Pan-Africanismo. Segundo essa corrente, os negros não devem em hipótese alguma se envergonhar de suas origens e de sua cor, além disso, todos os Africanos, independente de religião ou de região, devem buscar origens negras que os legitimem como irmãos. É uma atitude louvável, mas, por um certo aspecto, perigosa, na medida em que pode vir a gerar, num futuro hipotético, movimentos semelhantes às doutrinas de superioridade racial surgidas na Europa dos anos 30.
Deixando suposições e previsões de lado, nos deparamos com um grave problema de cunho étnico: como determinar o biótipo do Egípicio antigo?
Alguns autores dirão que basta que se observe os Egípcios atuais para que se tenha uma idéia bastante aproximada de como eram os Egípcios antigos. Porém, essa recomendação é, no mínimo despropositada, seria o mesmo que determinar como eram os brasileiros do século XX a.C. observando os brasileiros do século XX d.C.. Não preciso dizer os absurdos que seriam cometidos, não é?
Pelo Egito, desde a unificação de seu território, passaram Núbios (possivelmente negros); Líbios (possivelmente Berberes); Judeus, Fenícios, Acadianos, Hititas e Assírios (com caracteres semíticos); Hicsos (com caracteres talvez Arianos); Persas e Árabes (com caracteres Médicos); Gregos (com feições balcânicas); Romanos (com biótipo latino); Ingleses e Alemães (com tipo ariano-saxão); Turcos (que originalmente tinham feições orientais) entre outros povos. Seria muito complicado dizer que tais populações passaram incólumes pelo Egito, sem deixar sua marca étnica na população; seria o mesmo que dizer que os Portugueses e Africanos não modificaram a população do Brasil.
Essa explicação foi toda feita para que se chegasse a uma conclusão: não se pode afirmar que a etnia Egípcia tinha os traços característicos das múmias dos Faraós porque estes eram membros de uma classe dominante e, justamente por isso, sem miscigenação com as classes mais baixas, além disso, muitas vezes o Faraó era o filho de uma esposa secundária de seu pai e esta, por sua vez, podia ser uma princesa estrangeira, o que também deixaria o Faraó sem os traços típicos da população comum. Não se pode, porém, como querem os intelectuais Pan-Africanistas, fechar os olhos às pinturas e mesmo aos caracteres das múmias e simplesmente assumir que a população do Egito antigo fosse predominantemente negra.
Para que não tomemos uma postura que possa ser considerada racista por qualquer parte, acredito que uma boa saída seria analisarmos as pinturas egípcias. Se o fizermos, poderemos ver que existem pessoas retratadas com a cor negra e pessoas retratadas com cores mais claras, lembrando o semítico original. Talvez essa seja uma saída para que determinemos a etnia do Egito antigo.
Outra saída seria assumir que a população Egípcia fosse de origem semítica ou berbere e, portanto, branca, sendo a população Núbia de origem negra. Isso explicaria, por exemplo, porque o Egito, mesmo tendo dominado a Núbia por tanto tempo e mesmo sendo esta região um prolongamento natural de seu território, nunca a tenha considerado como parte do Egito, apenas como domínios Imperiais, sendo que havia até uma espécie de Vice-Rei para a região, como se se tratasse de um domínio distante.
Uma terceira saída (se bem que passível de legitimação de preconceitos) seria assumir que o grosso da população Egípcia seria negro, mas que aqueles em posições mais elevadas seriam brancos, pois seriam descendentes de um grupo semítico (possivelmente de procedência Acadiana) que teria se estabelecido na região pouco antes da unificação. Essa teoria não é de todo descabida, visto que há indícios de que Acadianos tenham realmente se estabelecido no Delta do Nilo pouco antes da unificação do Egito e há, inclusive, aqueles que pensem (a meu ver erroneamente) que teriam sido estes Acadianos que teriam trazido ao Vale do Nilo a idéia de unificação política, idéia já consolidada na Mesopotâmia, de onde eram oriundos.
Particularmente, este autor acredita que a segunda hipótese aqui proposta seja a mais plausível, na medida em que explicaria a presença de negros (em quantidades não tão grandes) nas pinturas murais e também a não anexação da Núbia ao Egito propriamente dito, mas, tão somente, aos domínios Egípcios.

Panorama atual:
É um país bastante visitado por turistas do mundo inteiro,por ter vistas maravilhosas e também sua história repleta de coisas importantes,que ajudam a desvendar o mistério das primeiras civilizações.
Ainda hoje o Rio Nilo continua sendo essencial não só para o Egito,mas para vários outros lugares.
O Egito faz fronteira com a Líbia a oeste, o Sudão a sul e Israel a nordeste. O país controla o canal de Suez, que liga o Mediterrâneo ao Mar Vermelho.
O papel importante que o Egito desempenha na geopolítica vem da sua posição estratégica como ponte terrestre entre a
África e a Ásia e como ponto de passagem entre o Mediterrâneo e o Oceano Índico.
Grande parte das riquezas do país encontra-se nas reservas minerais de ferro, petrólio, gás natural, fosfatos, sal e argila.
Cerca de 70% da indústria está nacionalizada, sendo dominante a actividade associada ao petróleo e ao gás natural. O investimento estrangeiro tem permitido a realização de vários projectos económicos. A agricultura ocupa 40% da população e representa 20% do Produto Interno Bruto (PIB), englobando a cana-de-açúcar, o milho, o tomate, o trigo, a laranja, o sorgo e o algodão.
Mas, como a taxa de natalidade é muito alta, o país tem necessidade de importar vários bens alimentares. Os principais parceiros comerciais do Egito são os
EUA, a Itália, o Reino Unido e a Alemanha.
Segundo dados oficiais, 90% dos egípcios são muçulmanos sunitas, menos de 1% muçulmanos xiitas e 8% são cristãos.
A população cristã egípcia habita sobretudo no sul do país e nas cidades do Cairo e de Alexandria. A maioria destes cristãos pertencem à
Igreja Ortodoxa Copta. Outras comunidades cristãs presentes no país são a arménia apostólica, a católica, a grega ortodoxa e a síria ortodoxa. Os protestantes incluem dezesseis denominações. As Testemunhas de Jeová e a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, embora presentes no território, não são reconhecidas pelo estado.

http://www.geocities.com/athens/Marble/4341/egito-antigo.html

No site acima é possível encontrar informações dos mais diversos tipos,como religião,etc.

Um comentário:

thata.re disse...

É bem legal saber que apesar dos conflitos que o Egito teve no passado,hoje ele é um país de paz,e seu representante máximo sabe bem administrar o país.Iria ser muito bom se todos os países fossem assim de paz e ter um bom representante!!!

Bjus